Os meios de comunicação que cobrem a internet alçaram ao patamar de novos heróis da rede a equipe de comunicação pela internet de Obama, presidente dos EUA, eles dão entrevistas, a visita de Ben Self ao brasil e a possibilidade de prestar cosultoria a candiatos do PT e PSDB causou furor.
Como se pode ver pelo link acima eles são bem mais modestos e comedidos do que a imprensa que acompanha os passos deles.
O fato é que a eleição de Obama continua sendo relacionada com a internet, somado ao momento em que estamos discutindo a reforma eleitoral e a campanha na internet, sempre se lembra da questão internet na campanha de Obama. O que poucos se atrevem a dizer é que nos EUA a população tem muito mais acesso à internet que aqui, logo o investimento em internet lá certamente dará muito mais resultado que aqui. Vide artigo neste blog O estado da Internet.
Abaixo nota do ex-blog do agora ex-prefeito do Rio de Janeiro:
A CAMPANHA DE OBAMA, A INTERNET, O LEHMAN BROTHERS E O RESULTADO ELEITORAL NO EUA EM 2008!
1. A inovadora campanha de Obama pela internet produziu a ideia que esta foi a razão básica de sua vitória. Certamente ajudou. Mas há um fato que teve uma clara influência na dinâmica eleitoral: a quebra do Lehman Brothers, dando nitidez à crise econômica e potencializando as incertezas quanto à gestão republicana futura.
2. Veja bem esse gráfico. A linha azul é a trajetória de McCain pela média de pesquisas dos principais institutos. A linha vermelha é a trajetória de Obama. Repare nos quadradinhos verdes entre os dias 12 e 15 de setembro. Aqui ocorreu a quebra do Lehman Brothers e a partir daí a a divulgação dos fatos, com impacto no EUA e no mundo.
3. No dia 13 (55 dias antes da eleição), McCain vencia por 50 a 46. No dia 20, já estavam empatados e no dia 27, McCain chegou a seu ponto mais baixo, com 44%, subindo levemente depois e se mantendo no patamar dos 46%. Do dia 20 para frente, Obama só fez subir. Uns dias antes da quebra do Lehman Brothers, Drew Westen (analista de psicologia social/emoções em campanhas) escreveu um longo artigo afirmando que se Obama não mudasse radicalmente, partindo para uma campanha agressiva, iria perder. Nem foi preciso.
4. Não que o sofisticado sistema aplicado, induzindo redes sociais, interação e participação, não tenha tido importância. Certamente teve. Explica a surpreendente performance de Obama. Mas não explica a sua vitória. A quebra do Lehman Brothers é um vetor explicativo da vitória, mais forte: um tipping point. Clique abaixo e conheça o gráfico.http://farm3.static.flickr.com/2518/3841743125_580a5df963_b.jpg
atualizando: execelente post do Tiago Doria
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